Olá a todas,
Há 8 anos que estou a tentar ser mãe. 5 FIV ICSI com as nossas gâmetas : 4 perdas entre as 8 e as 10 semanas com embriões genéticamente normais e 5 gravidezes quimicas. Fizemos todos os testes possíveis : ERA, matriceLab, CGT exome para as doenças genéticas, espermograma FISH, fragmentação de DNA.. etc etc ... O meu marido teve um cancro, fizemos os tratamentos com os espermatozóides criopreservados de antes da quimioterapia e os de agora.. Descobrem alguns problemas em nós mas nada que indique a razão da infertilidade e das perdas de repetição.
No ano passado decidimos partir para a ovodoação: veredicto: de 12 ovócitos so um embrião que foi negativo após a transferência.
Este ano fizemos uma dupla doação. Estou gravida de 8 semanas, a morrer de medo tendo em conta o meu histórico.
Além disso, comecei a ler na Internet casos de crianças que nasceram de dons. A nossa ideia é não contar nada. Mas tenho receio que seja um. Segredo demasiado grande a guardar... E se um dia ele/ ela descobre e se revolta?
As meninas que recorreram a doação, qual é a vossa experiência / opinião?
Obrigada a todas
A tentar desde 03.15. 3 IIA - 2016
FIV ICSI 01.17- 4 embriões 3 dias - gravidez bioquímica
TEC 07.04.17 ++ AR 8 semanas😔
FIV ICSI Agosto 2017 : 6 blastos 10.17 TEC 1 blasto --
11.17 TEC 2 blasto -- 04.18 TEC 2 blasto ++
Novo AR às 10 semanas😔
Contará quando entender, não tem ser logo, mas dificilmente se consegue manter segredo. Digo isto por causa da genética, é uma questão muito, muito recorrente em consultas e não vai poder contar o seu histórico, terá de dizer a verdade.
Desejo que corra tudo bem, mais tarde logo resolverá na sua cabeça essa questão.
Sim, etapa a etapa, tem tempo, mas não é viável não contar. A partir de certa altura é importante que saibam o seu passado, pela questão clínica, no sentido que as informações que possa dar não sejam tidas em conta erradamente.
Obrigado pelos contributos. A minha opção tem sido gerir uma fase de cada vez sem descurar o rigor na informação clínica prestada ( por ex no rastreio) sempre que for adequado. Tentar antecipar tudo, sobretudo durante a gravidez, é muito complicado. Beijinhos
Sim, etapa a etapa, tem tempo, mas não é viável não contar. A partir de certa altura é importante que saibam o seu passado, pela questão clínica, no sentido que as informações que possa dar não sejam tidas em conta erradamente.MariaAlice2 escreveu:Obrigado pelos contributos. A minha opção tem sido gerir uma fase de cada vez sem descurar o rigor na informação clínica prestada ( por ex no rastreio) sempre que for adequado. Tentar antecipar tudo, sobretudo durante a gravidez, é muito complicado. Beijinhos
A questão clinica é obviamente importantissima, mas acho que a questão da identidade também.
Já todos ouvimos histórias de pessoas adoptadas que descobriram já mais velhas que o eram e que tiveram uma crise de identidade. Ou alguém cujo pai afinal não é o pai.
São situações complicadas, que podem ser mitigadas tratanto o assunto com normalidade, e falando disso, em termos apropriados à idade, desde cedo, para que não seja nenhum bicho papão.
E lá está... usar DD não é vergonha nenhuma!
Sim, é verdade, mas não iria comparar a uma adoção a esta questão. Acredito que a questão da identidade seja diferente de alguém que já teve outra família, que outra pessoa o deu à luz, da questão da identidade genética. Esta doação não implica que aquele ser humano tenha tido outra família, outros pais, por exemplo. Não estou em crer que alguém que tenha nascido por doação dupla vá ter as mesmas questões de identidade que têm as pessoas adotadas.
MisaL escreveu:Sim, etapa a etapa, tem tempo, mas não é viável não contar. A partir de certa altura é importante que saibam o seu passado, pela questão clínica, no sentido que as informações que possa dar não sejam tidas em conta erradamente.MariaAlice2 escreveu:Obrigado pelos contributos. A minha opção tem sido gerir uma fase de cada vez sem descurar o rigor na informação clínica prestada ( por ex no rastreio) sempre que for adequado. Tentar antecipar tudo, sobretudo durante a gravidez, é muito complicado. Beijinhos
A questão clinica é obviamente importantissima, mas acho que a questão da identidade também.
Já todos ouvimos histórias de pessoas adoptadas que descobriram já mais velhas que o eram e que tiveram uma crise de identidade. Ou alguém cujo pai afinal não é o pai.
São situações complicadas, que podem ser mitigadas tratanto o assunto com normalidade, e falando disso, em termos apropriados à idade, desde cedo, para que não seja nenhum bicho papão.
E lá está... usar DD não é vergonha nenhuma!
Olá,
O meu conselho é não ficar ansiosa por antecipação!
Pais são aqueles que criam, dão amor, carinho e estão la quando precisam. A genética é só um fator, que não é de todo o mais importante.
Penso que deverá contar mas a seu tempo.
Geneticamente sou muito diferente de toda a minha família (por causa da cor do cabelo e dos olhos) e sempre ouvi comentários do tipo “certamente foste adoptada” , toooooooda a minha vida!
Como costumo dizer, se fui ou não, não me interessa nem me desperta o interesse, os meus pais são meus pais. Amo-os e não poderia ter melhores
Acho que não se deve preocupar com o “e se se revolta”, porém também acho que a DD não deva ser um assunto tabu.
Que corra tudo bem <3
Diziam intencionalmente ou por brincadeira? Que maldade! Nunca imaginei que as pessoas dissessem gratuitamente coisas dessas.
A genética só importa para a genética (para a hereditariedade), tudo o resto é AMOR, carinho, dedicação. Cada vez mais estas questões têm peso, são tidas em conta nas abordagens clínicas e é importante saber, mas tem o valor que tem.
Estou a passar por uma situação de cancro com uma amiga com 2 filhas pequenas e se tivessem sido por ovodoação, metade dos procedimentos e protocolos que as filhas vão seguir estariam resolvidos. E não é algo lá muito longínquo, pode afetar as crianças também.
Olá,
O meu conselho é não ficar ansiosa por antecipação!
Pais são aqueles que criam, dão amor, carinho e estão la quando precisam. A genética é só um fator, que não é de todo o mais importante.
Penso que deverá contar mas a seu tempo.
Geneticamente sou muito diferente de toda a minha família (por causa da cor do cabelo e dos olhos) e sempre ouvi comentários do tipo “certamente foste adoptada” , toooooooda a minha vida!
Como costumo dizer, se fui ou não, não me interessa nem me desperta o interesse, os meus pais são meus pais. Amo-os e não poderia ter melhores
Acho que não se deve preocupar com o “e se se revolta”, porém também acho que a DD não deva ser um assunto tabu.
Que corra tudo bem <3
Diziam intencionalmente ou por brincadeira? Que maldade! Nunca imaginei que as pessoas dissessem gratuitamente coisas dessas.
A genética só importa para a genética (para a hereditariedade), tudo o resto é AMOR, carinho, dedicação. Cada vez mais estas questões têm peso, são tidas em conta nas abordagens clínicas e é importante saber, mas tem o valor que tem.
Estou a passar por uma situação de cancro com uma amiga com 2 filhas pequenas e se tivessem sido por ovodoação, metade dos procedimentos e protocolos que as filhas vão seguir estariam resolvidos. E não é algo lá muito longínquo, pode afetar as crianças também.MatildeB12 escreveu:Olá,
O meu conselho é não ficar ansiosa por antecipação!
Pais são aqueles que criam, dão amor, carinho e estão la quando precisam. A genética é só um fator, que não é de todo o mais importante.
Penso que deverá contar mas a seu tempo.
Geneticamente sou muito diferente de toda a minha família (por causa da cor do cabelo e dos olhos) e sempre ouvi comentários do tipo “certamente foste adoptada” , toooooooda a minha vida!
Como costumo dizer, se fui ou não, não me interessa nem me desperta o interesse, os meus pais são meus pais. Amo-os e não poderia ter melhores
Acho que não se deve preocupar com o “e se se revolta”, porém também acho que a DD não deva ser um assunto tabu.
Que corra tudo bem <3
Olá amiga,
Como nunca pensei na questão sequer, assumi que fosse sempre por brincadeira. Nunca me afetou nem nunca interroguei nada. Porque os meus pais são os meus pais, não quereria outros
Dei o meu exemplo para dizer que a genética vale o que vale é por vezes é um tiro ao lado. O que importa é mesmo o amor, sei que é clichê mas a idade mostra-me cada vez mais isso até com pessoas bem perto de mim!
Beijinho
InaNaturalway, não sofra por antecedência por algo que não aconteceu e não sabe como será, deixe essas questões para o futuro porque pode ou não surgir, o hoje é focar na sua gravidez, após tantos anos de tentativas e sofrimento, ela está aí, o sentimento, a sensação, o amor de gerar o seu filho dentro de você, que é o que muitas de nós deseja também, e está acontecendo na sua barriguinha, graças a Deus 🙏🏻 Torcendo para que a sua gravidez corra tudo bem, fico contente e com esperança em ler histórias como a sua. Beijinhos 😘
Olá,
InaNaturalway e a todas no fórum, acho que não deveria sofrer por antecedência por algo que não aconteceu e não sabe como será (é uma coisa que minha psicóloga pega muito no meu pé), é válido esses questionamentos e preocupação, mas deixa essas questões para o futuro porque pode ou não surgir, o hoje é focar na sua gravidez, após tantos anos de tentativas e sofrimento, ela está aí, o sentimento, a sensação, o amor de gerar o seu filho dentro de você, que é o que muitas de nós deseja também, e está acontecendo na sua barriguinha, graças a Deus 🙏🏻 Torcendo para que a sua gravidez corra tudo bem, fico contente e com esperança em ler histórias como a sua. Beijinhos 😘
Olá a todas.
Li todos os vossos comentários, obrigada por partilharem as vossas experiências e opinioes.
Acreditem que tem uma enorme importância para mim.
Estou a tentar viver um dia de cada vez, ainda tenho muito medo de voltar a sofrer uma perda, nunca mais chegam as 12 semanas para aquietar o meu coração.
Como algumas de voces disso não é momento de pensar nisso...
Mais uma vez muito obrigada a todas
A tentar desde 03.15. 3 IIA - 2016
FIV ICSI 01.17- 4 embriões 3 dias - gravidez bioquímica
TEC 07.04.17 ++ AR 8 semanas😔
FIV ICSI Agosto 2017 : 6 blastos 10.17 TEC 1 blasto --
11.17 TEC 2 blasto -- 04.18 TEC 2 blasto ++
Novo AR às 10 semanas😔
Olá, Fiz tratamentos OD na Cemeare, que nos obriga a uma consulta prévia com uma psicóloga. A mesma aconselhou-nos a começar a contar ao bebé a partir dos 2 anos.. Começar a dizer que ele /ela apenas nasceu com a ajuda de uma sra que foi muito simpática e deu um bocadinho dela porque a mãe lhe faltava uma "coisica" etc etc.. aos poucos para a criança se ir habituando à ideia e com o tempo ir percebendo do que se trata. Exactamente para prevenir revoltas com a idade e porque é muito provável que em adulto se saiba que não tem a mesma carga genética.
Se é uma coisa que a inquieta, aconselho-a a procurar um psicologo especializado na área de infertilidade que vos ajude nesse sentido. Nós pensavamos em guardar o assunto só para nós, mas após a consulta com a psicologa acabámos por mudar de ideias. Mas cada um sabe de si.. Tente uma consulta.. Tudo a correr bem.
quote=InaNaturalway]Olá a todas.
Li todos os vossos comentários, obrigada por partilharem as vossas experiências e opinioes.
Acreditem que tem uma enorme importância para mim.
Estou a tentar viver um dia de cada vez, ainda tenho muito medo de voltar a sofrer uma perda, nunca mais chegam as 12 semanas para aquietar o meu coração.
Como algumas de voces disso não é momento de pensar nisso...
Mais uma vez muito obrigada a todas[/quote]
Faca uma consulta, onde e' seguida deve ter essa opcao, se n tiver procure alguem q de consultas a casais q seguem para OD ou DD.
Foi-me recomendado ir contanto e adaptando a idade, comecar com tivemos mts dificuldades em ter um bebe e foi preciso pedir ajuda, e ir incluindo mais informacao ao longo dos anos. a parte da participacao de outra origem genetica so deve vir quando eles atingem uma certa maturidade e percebem os conceitos (vai depender tambem da crianca).
fiquei mt mais descansada com este tema depois de falar com a psicologa.
somos nos os adultos q complicamos, as criancas sao mt racionais e objectivas
boa sorte!!