Desabafo | De Mãe para Mãe

Desabafo

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11 mensagens
Solan90 -
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Desde 20 Mar 2019

Preciso de desabafar sobre um assunto … talvez alguém me consiga compreender e de certa forma ajudar… Sou casada e há dez anos que estamos juntos. Somos um casal feliz com algumas arestas a serem limadas o que é normal mas somos duas pessoas muito empreendedoras e muito empenhadas… gostamos de nos apoiar nos projetos de ambos e tem sido assim…
Falamos sobre a possibilidade de aumentar a família e estávamos a pensar que para nós faria sentido ser dentro de dois anos mais ou menos, sem datas certeiras mas faria sentido para nós dentro de algum tempo…

O que acontece é que descobri que estou grávida… e não sei sinceramente se estou feliz … não estava nada à espera disto, nem eu nem ele… mas ele está feliz com a gravidez apesar de saber que vai alterar toda a nossa vida tanto a nível financeiro como pessoal na nossa vida a dois… o problema é que eu não me sinto radiante como esperava sentir… nem sequer contei a ninguém porque não consigo não sei Triste alguém se sentiu assim?

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

É comum e não estando a contar é normal acontecer.
Eu também não estava à espera e ainda estou um pouco em choque. Não é que esteja triste, estou feliz, mas não estou radiante. Até porque eu adoro todos os preparativos da gravidez, adoro ser "treinante" e não tive essa fase. Ainda estou um bocado com a ideia de "devia ter acontecido quando eu decidisse", mas a vida é assim mesmo e não decidimos tudo.
Acho que com tempo tudo vai mudando e um dia destes já vê tudo com outros olhos.

carlabrito -
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Desde 30 Maio 2017

A vida, a todos os níveis vai sempre alterar.
Seja quando planeiam, ou quando nao estava planeado.
A questao aqui é.... têm disponibilidade financeira para o que exige um filho?
É que pode parecer insignificante, mas tendo em conta que voces ja têm uma relacao com uma boa base, querem ambos filhos, o que possam eventualmente dificultar-vos o dia a dia sao as contas.
Eu acho que estao assim pelo choque. Mas que vos vai encantar!
De qualquer modo só vocês podem (e devem) decidir.

Que_qué -
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Desde 26 Jul 2017

Solan90, quando descobriu que está grávida? A minha filha foi planeada e mt desejada. No dia em que vi o positivo, fiquei feliz mas ao mesmo tempo estranha. Lembro-me que saí de casa sozinha, para deambular um pouco na cidade... apreensiva! Sabia que a minha vida mudaria drasticamente. Por isso pode ser normal. Estar consciente das mudanças necessárias e do acréscimo de responsabilidade pode leva-la a sentir-se assim. Adorei estar grávida, sentia-me linda!! Adorei preparar a chegada da Maria. A Maria nasceu, bebé fácil, dormia bem, mas dava e dá mt trabalho. Exige mt tempo. Agora, ir ao parque, fazer leggos e outras atividades de criança parecem-me os melhores programas do mundo. Não trocava por nada.
Só vocês podem decidir o que fazer!! É uma decisão para a vida.
Felicidades

mcoelhoo -
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Desde 26 Set 2022

Senti exatamente a mesma coisa. Um misto de emoções. Chorei, mas sei que deveria estar agradecida porque é um milagre e sinal que estamos saudáveis.
Tente manter a calma, talvez com o passar do tempo, com a 1a ecografia, o primeiro ouvir do coração mude qualquer coisa ai dentro. Não se cobre demasiado. De tempo ao tempo! Qualquer coisa que precise, força nisso. Felicidades.

Solan90 -
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Desde 20 Mar 2019

Obrigada pelas vossas mensagens Piscar o olho de coração!!
Como dizem, talvez as coisas mudem com o passar do tempo… ainda não me sinto confortável em contar a mais ninguém e vou respeitar o meu tempo… sem ceder às pressões que nós mesmas é que colocamos na nossa cabeça… os meus receios não estão propriamente relacionados com a hora certa para isto acontecer nem a questão financeira porque inevitavelmente irá mudar e está tudo bem com isso.. não há horas certas… eu acho é que estava tão focada nos nossos projetos pessoais e profissionais e estávamos em plena sintonia nisso que isto caiu de pára-quedas… eu que dizia sempre as minhas amigas que não me via a ter bebés agora.. até porque acho que nunca tive jeitinho nenhum nem senti nenhum relógio biológico a dar horas…como aconteceu a maioria das minhas amigas… eu até sou a mais velha do grupo que ainda não tinha dado esse passo… acredito que também pelo choque e estar numa fase cheia de enjoos e náuseas a toda a hora também não ajude…dizem que a partir do 2o trimestre melhora.. espero que sim falta já pouco para lá chegar.

Obrigada mais uma vez pela vossa partilha. 💖

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

A minha gravidez não foi planeada nem nunca senti aquele desejo de ter filhos. Deixei de tomar a pílula, mas não fizemos grande esforço para nós prevenir. Se acontecesse...
Não senti a gravidez como sendo um momento TÃO especial. O primeiro trimestre foi marcado com imensos enjoos. O segundo passou-se bem, nas no terceiro tive imensa azia.
Às vezes leio sobre mulheres que marcam sessões fotográficas, fazem um molde de gesso da barriga, organizam baby showers, gender reveal, etc.... Eu nunca senti vontade para nada disso.
Basicamente vivi a gravidez como um processo que faz parte, sem romantismos nem floreados.
Quando a minha filha nasceu também não foi amor à primeira vista. O nosso vínculo foi sendo fortalecido ao longo do tempo.
Não temos todas que sentir os vários acontecimentos na nossa vida com o mesmo entusiasmo ou exuberância, e isso não significa que não estejamos satisfeitas a vida. Podemos estar num estado de contentamento sem sentir euforia.

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Olha que eu que gosto imenso da gravidez nunca senti vontade de fazer nada dessas coisas, nem gosto muito que outros façam disso uma festa, nem nunca guardei muitos objetos de recordação 🤪 Adorei não ter barriga quase até ao fim (acho que esta vai ser outra história) e conseguir que não dessem conta, imensa gente que me vê diariamente, mas que não temos relação, tipo vizinhos, na pastelaria, já só me viram com os bebés, nunca deram conta que estive grávida.
A única coisa que ia fazendo é a reportagem escrita do que vivia, sentia, das etapas da gravidez, fiz para não me esquecer e deixar-lhes esse presente um dia.
Na 2a gravidez marquei com a minha filha uma sessão fotográfica, mas deixei bem claro ao fotógrafo que estar grávida era um acaso e não queria poses para o fotógrafo, só queria ter umas fotos com ela a brincar e por acaso estava grávida. Adoro essas fotografias estão super naturais e não é um foco ao meu estado.
Quando nasceram acho que senti logo o amor incondicional, mas não me soaram os sininhos com a amamentação. Não sentia a ligação incondicional, a relação de amor a dois...fazia-o porque sabia que era o melhor, mas se tivesse que dar um biberão teria os mesmos sentimentos. Cada pessoa vai gerindo a situação e lidando com as emoções à sua maneira.

Sansa escreveu:
A minha gravidez não foi planeada nem nunca senti aquele desejo de ter filhos. Deixei de tomar a pílula, mas não fizemos grande esforço para nós prevenir. Se acontecesse...
Não senti a gravidez como sendo um momento TÃO especial. O primeiro trimestre foi marcado com imensos enjoos. O segundo passou-se bem, nas no terceiro tive imensa azia.
Às vezes leio sobre mulheres que marcam sessões fotográficas, fazem um molde de gesso da barriga, organizam baby showers, gender reveal, etc.... Eu nunca senti vontade para nada disso.
Basicamente vivi a gravidez como um processo que faz parte, sem romantismos nem floreados.
Quando a minha filha nasceu também não foi amor à primeira vista. O nosso vínculo foi sendo fortalecido ao longo do tempo.
Não temos todas que sentir os vários acontecimentos na nossa vida com o mesmo entusiasmo ou exuberância, e isso não significa que não estejamos satisfeitas a vida. Podemos estar num estado de contentamento sem sentir euforia.

Desde 23 Ago 2020

MisaL escreveu:
Olha que eu que gosto imenso da gravidez nunca senti vontade de fazer nada dessas coisas, nem gosto muito que outros façam disso uma festa, nem nunca guardei muitos objetos de recordação 🤪 Adorei não ter barriga quase até ao fim (acho que esta vai ser outra história) e conseguir que não dessem conta, imensa gente que me vê diariamente, mas que não temos relação, tipo vizinhos, na pastelaria, já só me viram com os bebés, nunca deram conta que estive grávida.
A única coisa que ia fazendo é a reportagem escrita do que vivia, sentia, das etapas da gravidez, fiz para não me esquecer e deixar-lhes esse presente um dia.
Na 2a gravidez marquei com a minha filha uma sessão fotográfica, mas deixei bem claro ao fotógrafo que estar grávida era um acaso e não queria poses para o fotógrafo, só queria ter umas fotos com ela a brincar e por acaso estava grávida. Adoro essas fotografias estão super naturais e não é um foco ao meu estado.
Quando nasceram acho que senti logo o amor incondicional, mas não me soaram os sininhos com a amamentação. Não sentia a ligação incondicional, a relação de amor a dois...fazia-o porque sabia que era o melhor, mas se tivesse que dar um biberão teria os mesmos sentimentos. Cada pessoa vai gerindo a situação e lidando com as emoções à sua maneira.

Sansa escreveu:A minha gravidez não foi planeada nem nunca senti aquele desejo de ter filhos. Deixei de tomar a pílula, mas não fizemos grande esforço para nós prevenir. Se acontecesse...
Não senti a gravidez como sendo um momento TÃO especial. O primeiro trimestre foi marcado com imensos enjoos. O segundo passou-se bem, nas no terceiro tive imensa azia.
Às vezes leio sobre mulheres que marcam sessões fotográficas, fazem um molde de gesso da barriga, organizam baby showers, gender reveal, etc.... Eu nunca senti vontade para nada disso.
Basicamente vivi a gravidez como um processo que faz parte, sem romantismos nem floreados.
Quando a minha filha nasceu também não foi amor à primeira vista. O nosso vínculo foi sendo fortalecido ao longo do tempo.
Não temos todas que sentir os vários acontecimentos na nossa vida com o mesmo entusiasmo ou exuberância, e isso não significa que não estejamos satisfeitas a vida. Podemos estar num estado de contentamento sem sentir euforia.


na questao de amamentação penso o mesmo, ainda amamento as duas mas so porque querem.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Eu penso que quando não estamos à espera, é inevitável o choque, a perplexidade e aquela fase de rever tudo na vida à luz das mudanças que estão para acontecer, ponderando se de facto queremos ou não que aconteçam. Agora que levo 7 meses e uns dias de maternidade, percebo que nem quando desejamos imenso ser mães, estamos plenamente preparadas para o que aí vem. No meu caso, que queria tanto este filhote, levei (e ainda estou a levar) um grande embate com a realidade. Eu adorei estar grávida, mas também detestei. Tive um parto dificílimo, mas foi o melhor momento da minha vida, sentir o meu bebé a nascer e vê-lo pela primeira vez. Queria imenso amamentar, e amamento, mas tive momentos de desespero a amamentar, de quase desistir por exaustão. Adoro embalar o meu bebé e dar-lhe colinho, mas nas fases de despertares a cada hora, em que vemos a 1h,2h,3h da madrugada a bater no relógio quando já estávamos quase quase a adormecer, jurei para mim que não teria mais filhos! E agora já sinto outra vez a vontade de descobrir que estou grávida e que há um mano ou uma mana para vir brincar com o meu piriquito. É isto, verdade, cabem todas as contradições em nós. A maternidade é cheia delas. É espetacular ser mãe, é espetacular ter um ser humano a gerar-se em nós e o amor é nada menos que imenso. Mas também é tão desafiante. Faz parte ter dúvidas e muitas contradições. E assumir que assim é, é a única forma saudável de viver a maternidade. Acho eu. Seja planeada ou não.
Por isso, viva uma coisa e momento de cada vez. É o melhor. A vida vai continuar a acontecer independentemente dos planos.

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Mãe_de_primeira_viagem escreveu:

MisaL escreveu:Olha que eu que gosto imenso da gravidez nunca senti vontade de fazer nada dessas coisas, nem gosto muito que outros façam disso uma festa, nem nunca guardei muitos objetos de recordação 🤪 Adorei não ter barriga quase até ao fim (acho que esta vai ser outra história) e conseguir que não dessem conta, imensa gente que me vê diariamente, mas que não temos relação, tipo vizinhos, na pastelaria, já só me viram com os bebés, nunca deram conta que estive grávida.
A única coisa que ia fazendo é a reportagem escrita do que vivia, sentia, das etapas da gravidez, fiz para não me esquecer e deixar-lhes esse presente um dia.
Na 2a gravidez marquei com a minha filha uma sessão fotográfica, mas deixei bem claro ao fotógrafo que estar grávida era um acaso e não queria poses para o fotógrafo, só queria ter umas fotos com ela a brincar e por acaso estava grávida. Adoro essas fotografias estão super naturais e não é um foco ao meu estado.
Quando nasceram acho que senti logo o amor incondicional, mas não me soaram os sininhos com a amamentação. Não sentia a ligação incondicional, a relação de amor a dois...fazia-o porque sabia que era o melhor, mas se tivesse que dar um biberão teria os mesmos sentimentos. Cada pessoa vai gerindo a situação e lidando com as emoções à sua maneira.

Sansa escreveu:A minha gravidez não foi planeada nem nunca senti aquele desejo de ter filhos. Deixei de tomar a pílula, mas não fizemos grande esforço para nós prevenir. Se acontecesse...
Não senti a gravidez como sendo um momento TÃO especial. O primeiro trimestre foi marcado com imensos enjoos. O segundo passou-se bem, nas no terceiro tive imensa azia.
Às vezes leio sobre mulheres que marcam sessões fotográficas, fazem um molde de gesso da barriga, organizam baby showers, gender reveal, etc.... Eu nunca senti vontade para nada disso.
Basicamente vivi a gravidez como um processo que faz parte, sem romantismos nem floreados.
Quando a minha filha nasceu também não foi amor à primeira vista. O nosso vínculo foi sendo fortalecido ao longo do tempo.
Não temos todas que sentir os vários acontecimentos na nossa vida com o mesmo entusiasmo ou exuberância, e isso não significa que não estejamos satisfeitas a vida. Podemos estar num estado de contentamento sem sentir euforia.

na questao de amamentação penso o mesmo, ainda amamento as duas mas so porque querem.


Exato, eu näo tinha expectativas nenhumas, e até pensei que nem conseguisse amamentar por ser muito sensível nos mamílos. Näo comprei biberäos porque recebi um num cabaz, e pensei, "bem, se a coisa näo se der, compra-se uma lata de LA na farmácia do hospital antes de irmos para casa".
Para mim, amamentar foi apenas um aspecto prático e normal da experiëncia de ter um filho, e económico também Espertalhão
Amamentei até muito tarde, mas nunca senti nada de especial para além de ter mamas que produzem leite - que é um alimento completo, e a cachopa tem fome.