Apoio familiar | De Mãe para Mãe

Apoio familiar

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MaedeMVC -
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Desde 22 Ago 2014

Bem sei que já não é a 1a vez que falo neste tema, mas hoje comecei a pensar muito neste assunto outra vez.

A minha bebé entrou na creche há pouco mais de 1 mês e meio, e de há 1 mês para cá que todas as semanas tenho de ir buscá la 1 ou 2 vezes porque está com febre, ou com diarreia, ou com dor de barriga... e assim sendo, eu acabo por ter de faltar imenso ao trabalho, ainda hoje só fui trabalhar 1 hora, pois tive de ir buscá la.
E eu ainda tenho a agravante de trabalhar a 40 minutos da creche...
Isto tudo para dizer que às vezes penso em como seria bom se a minha mãe me pudesse desenrascar uma vez ou outra.
A minha mãe não trabalha, está quase sempre em casa e está a 2 minutos da escola das miúdas. Em algumas situações podia ser uma ajuda e tanto. Mas fico triste quando não vejo que ela esteja disposta a fazer isso. Parece que sempre que peço para ela ficar com as netas um pouco, eu tenho sempre o tempo contado e tenho que me despachar porque (coincidência ou não), tem sempre algo para fazer a seguir...
Isto serve apenas de desabafo, pois não é um tema novo.
Mas muitas vezes, passa me pela cabeça que se a vida me permitir, pretendo ser diferente com os meus netos/filhas.
Sei que não está em causa o amor que ela tem pelas netas, mas não consigo deixar de pensar que talvez (principalmente nestas situações), me pudesse ajudar mais...
Basicamente, não tenho com quem contar, sou eu, eu e eu.
Pronto, só precisava de desabafar...

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Princesa M com 2770 gr 46 cm
Princesa C com 3360 gr e 47 cm

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Percebo a frustração e até a tristeza com a situação. Aqui não temos retaguarda familiar nenhuma, vivemos longe da família, por isso sei exatamente o que significa sermos só nós para tudo. É extenuante. Penso que por vezes quem nos lê pode até interpretar mal, no sentido de pensarem que não queremos lá estar para os nossos filhos. Mas não é isso. É a sensação de desamparo que temos quando nós próprios precisamos de ajuda. Na semana passada eu estive com uma gripe enorme, com febre durante dois ou três dias, e nem com febre eu pude parar. Tratar das comida, levar o bebé à escola, dar mama, adormecer, trocar fraldas, brincar, estar bem e sorridente para ele... Com 39º de temperatura. Por isso, sim, percebo perfeitamente o desamparo que sente.
Força. E, se ajudar, baixe as expectativas e não pense muito nesse assunto. Já basta o cansaço para gerir.

carlabrito -
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Desde 30 Maio 2017

Eu também ficaria triste.
Pode ser simplesmente porque não quer ter o trabalho?
Já falou com ela?

MaedeMVC -
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Desde 22 Ago 2014

Anotski85 escreveu:
Percebo a frustração e até a tristeza com a situação. Aqui não temos retaguarda familiar nenhuma, vivemos longe da família, por isso sei exatamente o que significa sermos só nós para tudo. É extenuante. Penso que por vezes quem nos lê pode até interpretar mal, no sentido de pensarem que não queremos lá estar para os nossos filhos. Mas não é isso. É a sensação de desamparo que temos quando nós próprios precisamos de ajuda. Na semana passada eu estive com uma gripe enorme, com febre durante dois ou três dias, e nem com febre eu pude parar. Tratar das comida, levar o bebé à escola, dar mama, adormecer, trocar fraldas, brincar, estar bem e sorridente para ele... Com 39º de temperatura. Por isso, sim, percebo perfeitamente o desamparo que sente.
Força. E, se ajudar, baixe as expectativas e não pense muito nesse assunto. Já basta o cansaço para gerir.

É isso mesmo que fala. Dá para perceber que me entendeu.
Eu adoro as minhas filhas, e quero estar sempre lá para elas, mas por exemplo hoje, eu fui trabalhar para longe, levantei me cedo, gastei gasóleo, portagens, e só lá fui trabalhar 1h... do que é que me rendeu o dia de hoje? Se a minha mãe a fosse buscar, era 1 dia que eu não perdia .. e nem tinha de ficar muito tempo com ela porque estou a sair 2h mais cedo, mas pronto... é o que é...

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MaedeMVC -
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Desde 22 Ago 2014

carlabrito escreveu:
Eu também ficaria triste.
Pode ser simplesmente porque não quer ter o trabalho?
Já falou com ela?

Dou a entender que às vezes precisava da ajuda de alguém, e acho que ela percebe que é para ela porque não tenho mais ninguém aqui.
Mas se falo e ela não se disponibiliza, do que adianta?

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Sara_R -
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Desde 02 Dez 2014

Se calhar se fosse eu pedia diretamente ajuda. Por exemplo hoje, porque não lhe ligou e explicou a situação? Talvez ela compreendesse e fosse buscar a sua filha para que não perdesse o dia de trabalho...
É frustrante e percebo-a, mas tente perguntar diretamente e logo vê a reação.

MaedeMVC -
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Desde 22 Ago 2014

Sara_R escreveu:
Se calhar se fosse eu pedia diretamente ajuda. Por exemplo hoje, porque não lhe ligou e explicou a situação? Talvez ela compreendesse e fosse buscar a sua filha para que não perdesse o dia de trabalho...
É frustrante e percebo-a, mas tente perguntar diretamente e logo vê a reação.

Eu liguei lhe e expliquei a situação. Acho que não era preciso eu pedir...
Expliquei tal como escrevi aqui e se ela quisesse ajudar teria se disponibilizado, acho eu...

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MaedeMVC -
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Desde 22 Ago 2014

Secalhar se quisesse ajudar diria logo "não te preocupes que vou buscá la e fico com ela"

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Sara_R -
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Desde 02 Dez 2014

Pois, nesse caso ainda acho mais incompreensível. Tem razão em se sentir assim, eu falava com ele cara a cara e explicava-lhe exatamente o que eu sentia.
Já agora o que é que a sua mãe lhe disse quando lhe ligou a explicar a situação?

Sandra Fernandes6 -
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Desde 06 Out 2017

Se a sua mãe não quer ajudar e já o demonstrou em muitas situações, o melhor é mesmo não contar com ajuda. Foi trabalhar apenas uma hora, é chato e teve muitos gastos mas paciência... Melhores dias virão! Tem de olhar pelo lado positivo... Mas deixou a menina bem na creche ou já tinha indícios de que pudesse estar a ficar doente?
Eu também vivo ao lado dos meus pais e não tenho nenhuma ajuda! é o que é...

MaedeMVC -
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Desde 22 Ago 2014

Sara_R escreveu:
Pois, nesse caso ainda acho mais incompreensível. Tem razão em se sentir assim, eu falava com ele cara a cara e explicava-lhe exatamente o que eu sentia.
Já agora o que é que a sua mãe lhe disse quando lhe ligou a explicar a situação?

Disse só "pois...agora já sabes que é assim"...

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MaedeMVC -
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Desde 22 Ago 2014

Sandra Fernandes6 escreveu:
Se a sua mãe não quer ajudar e já o demonstrou em muitas situações, o melhor é mesmo não contar com ajuda. Foi trabalhar apenas uma hora, é chato e teve muitos gastos mas paciência... Melhores dias virão! Tem de olhar pelo lado positivo... Mas deixou a menina bem na creche ou já tinha indícios de que pudesse estar a ficar doente?
Eu também vivo ao lado dos meus pais e não tenho nenhuma ajuda! é o que é...

95% das vezes eu penso assim. Mas há dias em que ests situação me deixa triste e não consigo evitar sentir isto

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Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Eu fico muito triste com este tipo de desabafos, ainda mais quando vivo num país onde o normal é os avós ajudarem com os netos, seja em ficar 1 ou 2 dias por semana com eles, seja em levá-los à escola, ou ir buscá-los à escola. Todos os dias, às 14h, quando vou buscar a minha filha, vejo imensos avós à espera.
.
Começo a ficar cansada e irritada daquela ladainha dos pais não deverem esperar ajudas, que se decidiram ter filhos, têm que se amanhar, não temos o direito de exigir ajudas, e bla bla bla. Estamos a cair no exagero. Não sei se é uma reação extremada aos "entitled parents" (também eles situados num polo), mas já me enerva esse tipo de pensamento individualista. Vivemos em comunidade, e acho que temos um certo dever de contribuir, ajudando o próximo, sempre que possível.
Se os próprios pais não ajudam os filhos, então quem? Quem ajuda? Ninguém? Porque ninguém tem a obrigação de o fazer? Pois não, não existe obrigação, mas é este o tipo de sociedade em que queremos viver, onde acrescentamos ainda mais dificuldades ao que já é difícil?
.
Caramba, quantas vezes já não tive de alterar planos, gastar tempo, dinheiro, para ajudar os meus vizinhos. Seja em levar os cachopos à escola, seja em ir buscá-los, ou preparar jantar para todos porque os pais não vão chegar a tempo. Se me apetece? Não, não me apetece, mas ajudo quem precisa porque é o que sinto que está certo, e é o exemplo que quero dar à minha filha.
Na semana passada andei extremamente ocupada, mas mesmo assim lá me disponibilizei para ir buscar a filha da minha vizinha à escola e levá-la à natação, porque sei que a miúda gosta. E fui, debaixo de aguaceiros, tão fortes que o meu casaco de chuva deixou passar água e fiquei com a camisola molhada (tenho uma bicicleta com uma caixa à frente, coberta, onde cabem 4 crianças, mas eu fico à chuva). Podia ter dito que não, mas porque iria negar ajuda, se até podia? Sim é chato, sim é trabalho, mas e um dia se eu precisar, também vou ficar agradecida que me dêem uma mão.
.
É o que é, mas não devia ser! Todas as pessoas têm direito a ter uma rede de apoio, isto é o que deveria ser o normal, ter família, ou outros membros da comunidade a quem pudéssemos recorrer num caso como este.
Que desculpa tem a mãe desta forista para lhe negar ajuda pontualmente? O que é que a impediu de o fazer?
Que atitude tão feia, sinceramente.

Ana Maria Costa1 -
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Desde 01 Fev 2019

E o pai das crianças? É triste não ter apoio dos avós mas ver ser sempre as mães a ter que resolver tudo até quando estão doentes também!

Mag_M -
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Desde 13 Jul 2018

Só posso deixar um abraço e lamentar mesmo muito.
Eu ficaria muito triste também.
E concordo totalmente com a visão da Sansa.

MaedeMVC -
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Desde 22 Ago 2014

Sansa escreveu:
Eu fico muito triste com este tipo de desabafos, ainda mais quando vivo num país onde o normal é os avós ajudarem com os netos, seja em ficar 1 ou 2 dias por semana com eles, seja em levá-los à escola, ou ir buscá-los à escola. Todos os dias, às 14h, quando vou buscar a minha filha, vejo imensos avós à espera.
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Começo a ficar cansada e irritada daquela ladainha dos pais não deverem esperar ajudas, que se decidiram ter filhos, têm que se amanhar, não temos o direito de exigir ajudas, e bla bla bla. Estamos a cair no exagero. Não sei se é uma reação extremada aos "entitled parents" (também eles situados num polo), mas já me enerva esse tipo de pensamento individualista. Vivemos em comunidade, e acho que temos um certo dever de contribuir, ajudando o próximo, sempre que possível.
Se os próprios pais não ajudam os filhos, então quem? Quem ajuda? Ninguém? Porque ninguém tem a obrigação de o fazer? Pois não, não existe obrigação, mas é este o tipo de sociedade em que queremos viver, onde acrescentamos ainda mais dificuldades ao que já é difícil?
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Caramba, quantas vezes já não tive de alterar planos, gastar tempo, dinheiro, para ajudar os meus vizinhos. Seja em levar os cachopos à escola, seja em ir buscá-los, ou preparar jantar para todos porque os pais não vão chegar a tempo. Se me apetece? Não, não me apetece, mas ajudo quem precisa porque é o que sinto que está certo, e é o exemplo que quero dar à minha filha.
Na semana passada andei extremamente ocupada, mas mesmo assim lá me disponibilizei para ir buscar a filha da minha vizinha à escola e levá-la à natação, porque sei que a miúda gosta. E fui, debaixo de aguaceiros, tão fortes que o meu casaco de chuva deixou passar água e fiquei com a camisola molhada (tenho uma bicicleta com uma caixa à frente, coberta, onde cabem 4 crianças, mas eu fico à chuva). Podia ter dito que não, mas porque iria negar ajuda, se até podia? Sim é chato, sim é trabalho, mas e um dia se eu precisar, também vou ficar agradecida que me dêem uma mão.
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É o que é, mas não devia ser! Todas as pessoas têm direito a ter uma rede de apoio, isto é o que deveria ser o normal, ter família, ou outros membros da comunidade a quem pudéssemos recorrer num caso como este.
Que desculpa tem a mãe desta forista para lhe negar ajuda pontualmente? O que é que a impediu de o fazer?
Que atitude tão feia, sinceramente.

O problema é que também vejo cada vez mais esta coisa do "os avós não têm obrigação de ficar com os netos", "os pais é que têm de ficar com os filhos, eles é que os fizeram"... mas nem 8 nem 80.
Quando se fala em ajudar de vez em quando, ou a safar em certos coisas, é estar a pedir muito??

E sim, cada vez mais vejo avós "desapegados" dos netos, seja porque hoje em dia tem que se trabalhar quase até aos 80 anos, e por isso eles não têm tempo livre, ou seja porque simplesmente não trabalham, mas querem estar sossegadinhos na vida deles.

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MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Lamento que a situação se mantenha, mas as pessoas não mudam de repente 🙁
Não vejo nenhuma forma de se resolver... só me ocorre a hipótese de recorrer a outras redes de apoio: alargamento dos familiares tias-avos, primos ou amigos, vizinhos e colegas de trabalho. Muitas vezes as pessoas que mais ajudam não são os familiares mais diretos.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Bem, há uns anos quando a minha filha era bebé cheguei a fazer alguns desabafos destes aqui e vinham sempre um bando de beatas criticarem. É muito triste e frustante, tem toda a minha solidariedade. Também não consigo compreender mas um dia se for avó quero ser muito diferente e prestar todo o apoio que eu não tive. Estava aqui a noite toda a contar situações que já me aconteceram mas nem vale a pena. As pessoas esquecem-se que um dia vão envelhecer e podem receber na mesma moeda...

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

MaedeMVC escreveu:

Sara_R escreveu:Se calhar se fosse eu pedia diretamente ajuda. Por exemplo hoje, porque não lhe ligou e explicou a situação? Talvez ela compreendesse e fosse buscar a sua filha para que não perdesse o dia de trabalho...
É frustrante e percebo-a, mas tente perguntar diretamente e logo vê a reação.

Eu liguei lhe e expliquei a situação. Acho que não era preciso eu pedir...
Expliquei tal como escrevi aqui e se ela quisesse ajudar teria se disponibilizado, acho eu...


Para a próxima, peça-lhe mesmo directamente, pode fazer a diferença.

carlaper -
Offline
Desde 11 Out 2011

Sansa escreveu:
Eu fico muito triste com este tipo de desabafos, ainda mais quando vivo num país onde o normal é os avós ajudarem com os netos, seja em ficar 1 ou 2 dias por semana com eles, seja em levá-los à escola, ou ir buscá-los à escola. Todos os dias, às 14h, quando vou buscar a minha filha, vejo imensos avós à espera.
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Começo a ficar cansada e irritada daquela ladainha dos pais não deverem esperar ajudas, que se decidiram ter filhos, têm que se amanhar, não temos o direito de exigir ajudas, e bla bla bla. Estamos a cair no exagero. Não sei se é uma reação extremada aos "entitled parents" (também eles situados num polo), mas já me enerva esse tipo de pensamento individualista. Vivemos em comunidade, e acho que temos um certo dever de contribuir, ajudando o próximo, sempre que possível.
Se os próprios pais não ajudam os filhos, então quem? Quem ajuda? Ninguém? Porque ninguém tem a obrigação de o fazer? Pois não, não existe obrigação, mas é este o tipo de sociedade em que queremos viver, onde acrescentamos ainda mais dificuldades ao que já é difícil?
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Caramba, quantas vezes já não tive de alterar planos, gastar tempo, dinheiro, para ajudar os meus vizinhos. Seja em levar os cachopos à escola, seja em ir buscá-los, ou preparar jantar para todos porque os pais não vão chegar a tempo. Se me apetece? Não, não me apetece, mas ajudo quem precisa porque é o que sinto que está certo, e é o exemplo que quero dar à minha filha.
Na semana passada andei extremamente ocupada, mas mesmo assim lá me disponibilizei para ir buscar a filha da minha vizinha à escola e levá-la à natação, porque sei que a miúda gosta. E fui, debaixo de aguaceiros, tão fortes que o meu casaco de chuva deixou passar água e fiquei com a camisola molhada (tenho uma bicicleta com uma caixa à frente, coberta, onde cabem 4 crianças, mas eu fico à chuva). Podia ter dito que não, mas porque iria negar ajuda, se até podia? Sim é chato, sim é trabalho, mas e um dia se eu precisar, também vou ficar agradecida que me dêem uma mão.
.
É o que é, mas não devia ser! Todas as pessoas têm direito a ter uma rede de apoio, isto é o que deveria ser o normal, ter família, ou outros membros da comunidade a quem pudéssemos recorrer num caso como este.
Que desculpa tem a mãe desta forista para lhe negar ajuda pontualmente? O que é que a impediu de o fazer?
Que atitude tão feia, sinceramente.

Mas por cá, felizmente, também é hábito os avós fazerem pelos netos. Tantos que os vão buscar e levar à escola e ficam com eles nas férias. Claro que também há os que não querem ou não podem, mas são uma minoria.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Ana Maria Costa1 escreveu:
E o pai das crianças? É triste não ter apoio dos avós mas ver ser sempre as mães a ter que resolver tudo até quando estão doentes também!

Os pais estão no mesmo plano de igualdade nas tarefas, mas, como sabe, o pai não pode fazer exatamente tudo. Cá em casa as tarefas são tão divididas quanto possível, e na semana passada tive eu de levar o bebé ao berçário mesmo estando doente, porque dois dias depois o pai ia ter de faltar ao trabalho durante dois dias a partir das 15h para o ir buscar em vez da mãe, que tinha reuniões às quais não podia faltar à partir das 16h,ja depois da minha hora de saída (gozo 2h de licença para amamentação a partir das 16h). A questão, entre nós, é que somos os dois para tudo, e se eu dou mama, adormeço, e estou mais tempo com o meu filho porque ele anda numa fase em que é a mamã para tudo (está a começar agora a ansiedade de separação), o pai trata das tarefas de casa que é possível tratar. Mas também não consegue tratar de tudo sozinho, por isso há sempre muito trabalho para os dois. A questão aqui é que não temos mesmo retaguarda, e talvez poucas pessoas saibam, por experiência, o que é gerir uma casa, as refeições, a roupa, o trabalho, o cuidado ao bebé, e tudo mais, sem ter ninguém que, durante 15 minutos que seja, fique com o pequenino. Estejamos doentes ou não, a vida não pára e o bebé não fica em stand by. Por isso, sim, é um desamparo.

catisdi -
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Desde 22 Jan 2013

Concordo totalmente com a Sansa, tem de existir e todas nós precisamos de uma rede de apoio, felizmente tenho a minha mãe que fica com eles quando estão doentes, e nas atividades extra divido com outras mães, como eu saio mais cedo não me custa nada leva-los e depois trazem o meu, e são estas pequenas coisas que fazem com que a nossa vida seja mais fácil. Existe um provérbio “É preciso uma aldeia para se educar uma criança”, que faz todo o sentido.

Mas eu vejo cada vez mais avós indisponíveis para ficar com os netos, até adiam a reforma para não terem de ficar com eles, e isto é uma realidade e pior a maior parte destes avós tiveram quem lhes ficasse com os filhos e agora recusam ter eles essa disponibilidade.

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

No meu caso, sou só eu, o meu marido e temos dois filhos. Sempre tivemos de nos organizar para termos disponibilidade. Fiquei com ambos os filhos até aos 3 anos, porque se assim não fosse, seria impossível de conciliar sem uma rede de apoio familiar. De qualquer modo, já aconteceu termos necessidade de pedir a alguém que nos ficasse com um dos filhos. E nestes casos, eu reforço a importância do pedir, não podemos estar à espera que se ofereçam , se necessitamos pedimos, e depois logo vemos consoante a resposta.

soniamst -
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Desde 22 Dez 2016

Neste caso em concreto, acho que se a MaedeMVC pedisse à mãe para lhe ficar como os filhos em caso de necessidade ela aceitaria e ajudaria. Quem precisa pede, não fica sujeito a que se ofereçam. Tenha uma conversa franca com a sua mãe e peça-lhe para ficar com as crianças em caso de extrema necessidade assim já estará a contar que lhe ligue de vez em quando para esse efeito. Neste episódio que relata talvez bastasse ligar à sua mãe a dizer que tinham ligado da escola para ir buscar a menina que está doente, mas que por estar doente não tinha necessidade de ir ao médico e se ela a podia ir buscar e levar para casa dela até você voltar do trabalho.
Conheço casos de pessoas que ao fim de semana vão despejar os filhos em casa dos avós para irem se divertir, eu era incapaz de uma situação destas, sabendo que os meus pais estão cansados devido à idade/trabalho. Os meus pais sempre disseram que não tomariam conta dos netos para os filhos estarem na borga, mas se for para trabalharem ou outro motivo urgente estão sempre lá.

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

O grande problema é que nós já somos pais mais tarde, e a grande maioria dos avós já ter uma certa idade e falta de saúde e paciência e isso condiciona um bom funcionamento de uma rede de apoio. Sei de avós, ainda novos, com genica, que todos os dias dão apoio aos netos, mas também conheci e presenciei casos de pessoas já com muita idade que se arrastavam literalmente para irem buscar os netos à escola, com chuva, frio ou calor extremo. E, por vezes, os filhos não veem isso, acham que os pais tem obrigação, e isso é que está mal. E uma rede de apoio, não é uma obrigação, é mesmo isso, como o nome indica, um apoio quando é necessário.

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

carlaper escreveu:

Sansa escreveu:Eu fico muito triste com este tipo de desabafos, ainda mais quando vivo num país onde o normal é os avós ajudarem com os netos, seja em ficar 1 ou 2 dias por semana com eles, seja em levá-los à escola, ou ir buscá-los à escola. Todos os dias, às 14h, quando vou buscar a minha filha, vejo imensos avós à espera.
.
Começo a ficar cansada e irritada daquela ladainha dos pais não deverem esperar ajudas, que se decidiram ter filhos, têm que se amanhar, não temos o direito de exigir ajudas, e bla bla bla. Estamos a cair no exagero. Não sei se é uma reação extremada aos "entitled parents" (também eles situados num polo), mas já me enerva esse tipo de pensamento individualista. Vivemos em comunidade, e acho que temos um certo dever de contribuir, ajudando o próximo, sempre que possível.
Se os próprios pais não ajudam os filhos, então quem? Quem ajuda? Ninguém? Porque ninguém tem a obrigação de o fazer? Pois não, não existe obrigação, mas é este o tipo de sociedade em que queremos viver, onde acrescentamos ainda mais dificuldades ao que já é difícil?
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Caramba, quantas vezes já não tive de alterar planos, gastar tempo, dinheiro, para ajudar os meus vizinhos. Seja em levar os cachopos à escola, seja em ir buscá-los, ou preparar jantar para todos porque os pais não vão chegar a tempo. Se me apetece? Não, não me apetece, mas ajudo quem precisa porque é o que sinto que está certo, e é o exemplo que quero dar à minha filha.
Na semana passada andei extremamente ocupada, mas mesmo assim lá me disponibilizei para ir buscar a filha da minha vizinha à escola e levá-la à natação, porque sei que a miúda gosta. E fui, debaixo de aguaceiros, tão fortes que o meu casaco de chuva deixou passar água e fiquei com a camisola molhada (tenho uma bicicleta com uma caixa à frente, coberta, onde cabem 4 crianças, mas eu fico à chuva). Podia ter dito que não, mas porque iria negar ajuda, se até podia? Sim é chato, sim é trabalho, mas e um dia se eu precisar, também vou ficar agradecida que me dêem uma mão.
.
É o que é, mas não devia ser! Todas as pessoas têm direito a ter uma rede de apoio, isto é o que deveria ser o normal, ter família, ou outros membros da comunidade a quem pudéssemos recorrer num caso como este.
Que desculpa tem a mãe desta forista para lhe negar ajuda pontualmente? O que é que a impediu de o fazer?
Que atitude tão feia, sinceramente.

Mas por cá, felizmente, também é hábito os avós fazerem pelos netos. Tantos que os vão buscar e levar à escola e ficam com eles nas férias. Claro que também há os que não querem ou não podem, mas são uma minoria.


Se assim é, ainda bem, e claro, sabemos que também nem sempre podem. Mas ainda existe muito aquela ideia de que "já criei os meus, agora é a vez deles, e eu quero é descanso". Estamos a falar de ajudas pontuais, em situações onde há realmente necessidade, como é este caso.

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

carlaper escreveu:
O grande problema é que nós já somos pais mais tarde, e a grande maioria dos avós já ter uma certa idade e falta de saúde e paciência e isso condiciona um bom funcionamento de uma rede de apoio. Sei de avós, ainda novos, com genica, que todos os dias dão apoio aos netos, mas também conheci e presenciei casos de pessoas já com muita idade que se arrastavam literalmente para irem buscar os netos à escola, com chuva, frio ou calor extremo. E, por vezes, os filhos não veem isso, acham que os pais tem obrigação, e isso é que está mal. E uma rede de apoio, não é uma obrigação, é mesmo isso, como o nome indica, um apoio quando é necessário.

Mas lá estar, ir diariamente buscar os netos à escola já não é o mesmo que uma ajuda em situações de urgência, e aí já é preciso ter muito bom senso e não abusar. Existem avós que deliram com a oportunidade de poder conviver diariamente com os netos, e mesmo assim é sempre uma ajuda que não dispensa agradecimento e reconhecimento pelo apoio prestado.
Também não acho que ajudar seja uma obrigação, mas sim, como dizes, um apoio, e eu penso que é natural espera-se esse apoio da própria família, ou amigos próximos. E para deixar bem claro, estou a falar em situações de urgência, como este caso.
.
Concordo que deve fazer o pedido diretamente, e se a mãe recusar, sem apresentar nenhuma razão válida, então acho que a Mãe de MVC lhe deveria dar (como dizem em inglês) "a piece of her mind". Pois embora tenha todo o direito a se recusar ir buscar a neta e tomar conta dela durante algumas horas, não deixa de ser uma atitude reprovável.

carlabrito -
Offline
Desde 30 Maio 2017

Estou a almoçar, e vim ler as novidades.
E curiosamente passou-se o seguinte...
Esta tarde tinha um lanche marcado em casa de uma mae de uma amiga do Henrique. Íamos busca-los a escola e iamos para casa deles (pais, mae e filhos).
Acontece que essa menina tem um irmao que tem muitas intolerancias e alergias. E a mae ha 1h atras recebeu chamada da escola a dizer que o miudo teve uma crise e estava a caminho do hospital.
Ora... A mae esta a caminho do hospital, o pai esta a trabalhar, teria que sair mais cedo para ir buscar a miuda.
Eu nao trabalho a 6f a tarde.
Nem pensei duas vezes a oferecer-me a trazer a miuda para minha casa e ficar com ela o tempo que for preciso ate que eles se organizem.
Eu estou de acordo ali com a Sansa quando ela diz que ja vai tarde mudar a mentalidade de que os avós nao devem nada aos pais.
Desculpem mas isso nao é ser familia.
Para mim, a avó deste post (a mae da autora do post) tem algum tipo de transtorno, algo do passado que a perturba.
Se calhar ela propria nao teve ajudas, e entao agora nao quebra esse ciclo negativo.
Nao é compreensivel que uma pessoa que esta em casa todo o dia, nao possa ajuda a filha quando precisa.
Claro que nao falamos de abusar.
Mas nos dias mais dificeis.
Nas fases mais complicadas.
Se a minha mae me fizesse isso, pois que eu - depois de ficar muito triste e magoada com isso - respirava fundo e seguia a minha vida sem me preocupar com mais nada.

Sara_R -
Offline
Desde 02 Dez 2014

É realmente frustrante ter uma mãe que não trabalha e não se disponibiliza para ajudar quando é preciso.
.
Eu não me posso queixar, onde nós vivemos não temos família por perto, a minha família ainda fica a 50km de distância, a do meu marido a 90km. Os meus pais trabalham e ainda estão no estrangeiro...
MAS...os meus avós, ele com 82 e ela com 79 ainda estão capazes de me desenrascar quando é preciso. E digo que foram um dos pilares mais importantes quando andei a tirar o curso à noite e com o marido a trabalhar por turnos, posso dizer que me desenrascaram nem sei quantas vezes...e eu nem preciso perguntar nada, eles próprios me diziam "Então e esta semana tens com quem deixar o miúdo à noite?"...até a minha vizinha de baixo ficou com o meu filho muitas vezes...(quando o marido estava a trabalhar ou quando não o podia levar aos bisavós).
.
Eu própria me lembro de andar na escola e ir para a casa da minha avó, são as melhores recordações que temos. E todas as famílias deviam poder contar com alguém que os ajudasse quando fosse realmente necessário.
Eu sem dúvida alguma, daqui a uns bons anos quando for avó quero ajudar os meus netos no que conseguir.

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

carlabrito escreveu:
Estou a almoçar, e vim ler as novidades.
E curiosamente passou-se o seguinte...
Esta tarde tinha um lanche marcado em casa de uma mae de uma amiga do Henrique. Íamos busca-los a escola e iamos para casa deles (pais, mae e filhos).
Acontece que essa menina tem um irmao que tem muitas intolerancias e alergias. E a mae ha 1h atras recebeu chamada da escola a dizer que o miudo teve uma crise e estava a caminho do hospital.
Ora... A mae esta a caminho do hospital, o pai esta a trabalhar, teria que sair mais cedo para ir buscar a miuda.
Eu nao trabalho a 6f a tarde.
Nem pensei duas vezes a oferecer-me a trazer a miuda para minha casa e ficar com ela o tempo que for preciso ate que eles se organizem.
Eu estou de acordo ali com a Sansa quando ela diz que ja vai tarde mudar a mentalidade de que os avós nao devem nada aos pais.
Desculpem mas isso nao é ser familia.
Para mim, a avó deste post (a mae da autora do post) tem algum tipo de transtorno, algo do passado que a perturba.
Se calhar ela propria nao teve ajudas, e entao agora nao quebra esse ciclo negativo.
Nao é compreensivel que uma pessoa que esta em casa todo o dia, nao possa ajuda a filha quando precisa.
Claro que nao falamos de abusar.
Mas nos dias mais dificeis.
Nas fases mais complicadas.
Se a minha mae me fizesse isso, pois que eu - depois de ficar muito triste e magoada com isso - respirava fundo e seguia a minha vida sem me preocupar com mais nada.

Eu tenho 2 vizinhos com filhos próximos da idade da minha, a M tem um casal, Daan e Sofie, e a A tem 1 rapariga, a Mufta, de 6 anos e 2 garotos, de 2 e 1 ano. A A é oriunda de um país muçulmano, penso que veio para cá como refugiada. A miúda é um doce e ela e a minha filha dão-se muito bem. Todos eles andam na mesma escola, excepto a minha filha.
Vocês acreditam que, se por algum motivo, a miúda precisar de boleia para a escola, é a mim que pedem, porque sabem que os outros têm má vontade. Isto chegou ao cúmulo de, numa manhã, nos encontrarmos todos na rua, eles verem que a garota - que anda na mesma turma da filha deles!!! - estava a entrar para a minha bicicleta, e não foram capazes de se oferecerem para a levar, sabendo que eu tenho de fazer um desvio maior.
Quero só salientar que esses meus vizinhos são os que constantemente me pedem para ficar com os miúdos. Tendo isto em conta, a Mufta conseguiu, agora em Setembro, vaga na natação, precisamente no mesmo dia e horário da minha filha. A mãe dela deslocar-se para todo o lado a pé, a empurrar o carrinho com os miúdos. Teria de apanhar a miúda às 14h45 e teria 15 minutos para chegar ao pavilhão desportivo.
Ora, a minha filha sai às 14h, e sabendo eu que para aquela mãe, que não tem ajudas nenhumas, é mais complicado ir a pé (imaginem no inverno a chover), a coisa mais natural do mundo, para mim, é oferecer-me para ir buscar a Mufta à escola e seguir para a natação.
Acabámos de mudar de casa (estamos neste momento a viver entre caixas de mudança). Durante o processo de mudança, quando fui buscar a Mufta, encontrei a M, que também ia buscar os miúdos, e causou-me imensa irritação todo o conjunto de questões relativamente a eu ir buscar a miúda. Tipo,
M- ah mas, quando mudares de casa vais continuar a vir buscá-la?
Eu- sim.
M - mas como é que vais fazer?
Eu - aguardo por aqui. A minha filha fica sempre uns 15/20 minutos a brincar na escola, e depois fazemos um pouco de tempo por lá (há uma loja de brinquedos e outras lojas mesmo ao lado, e cafés), e num instante é hora de ir.
M- mas isso dá imenso transtorno...
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Eu fico logo sem paciência para estas conversas! A lata! Primeiro, porque o transtorno é meu, não a afecta em nada (nem sequer a afecta se eu tiver de ficar com os miúdos dela nesse dia, como já aconteceu, pois vão todos comigo), e segundo a lata de estar com este tipo de reparos quando ela se farta de me pedir que fique com os miúdos, inclusive à noite. Já cheguei a ficar em casa dela até depois da meia noite (os miúdos a dormir) porque precisaram de ir buscar o cônjuge ao aeroporto.
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Está história serviu mais como um desabafo também.
Mas pronto, como vêm também há quem se incomode com a boa vontade dos outros... Enfim...

carlaper -
Offline
Desde 11 Out 2011

Mesmo sendo mãe/filha, não sabemos o tipo de relação existente, nem o que se passa na cabeça das outras pessoas. Pode ter sido má vontade, sim, mas a sra também pode ter pensado, então está-me aqui a relatar a situação, mas não me pede, é porque quer ir ela buscar a menina e não confia em mim para fazer isso.(conheço muitos mal entendidos assim, o que parece óbvio para uns, não +e para outros) Não sei, também pode ter pensado que se ajuda uma vez, depois não a largam, e apesar de ser avó, pode não sentir ter disponibilidade física/mental para isso. O facto de estar em casa e assumir que não se está a fazer nada, não é um bom princípio. Cada um tem a sua vida, e é importante respeitar isso. Eu também gosto de pensar que vou sempre ajudar os meus filhos, mas sinceramente não sei se daqui a 25 anos ou mais, na eventualidade deles terem filhos, se eu teria energia para cuidar dos netos, se agora tenho dias que me doi tudo e tanto aprecio breves momentos de silêncio, imagino depois Espertalhão
Mas julgo que no geral, há um bom apoio dos avós aos netos em Portugal, do que conheço e vejo. Se assim não fosse, seria complicado trabalharem duas pessoas no agregado, pelo menos a tempo inteiro. Aqui onde moro, há uma situação engraçada, um casal com 3 filhos, cujos avós moram em frente, mas é outro dos avós que não mora na zona que vem buscar dois deles de manhã para os levar à escola. E neste caso, não é por indisponibilidade dos pais, que não faço a minima ideia do que é que se ocupam Sorriso E calha encontrá-los quando saio de manhã, e o avô coitado, é mais os dias que está sem paciência, no outro dia acho que estava pronto para lhe dar uma palmadita, mas como me viu lá se encolheu Sorriso