moomis escreveu:MartaSofia83 escreveu:
Vocês são tão burras que nem sabem que nesses países que se entra com 7 primeiro tem um ano intermédio a que ainda não chamam primária onde aprendem a ler escrever e fazer contas num contexto um bocadito mais informal e depois a partir do primeiro ano são 11 anos de ensino o que corresponde aos nossos 12 só que chamamos primária desde o ano inicial de escolarização e eles não.Isto na Suíça não existe. Entra-se com 7 anos já feitos ou podem entrar de forma condicional com 6 anos (como cá em Portugal com 5 anos). Não há ano intermédio nenhum, lamento informar e ninguém entra com 5 anos na escola - seria o equivalente a metermos miúdos com 4 anos na primária cá.
É assim há décadas. Às vezes pesquisar antes de espalhar mentiras aos 4 ventos dava jeito...
Em relação às avaliações deve certamente depender da pré-escola mas a do meu filho (em Portugal) avalia as diferentes competências e os relatórios não são chapa-5. A formatação até pode ser a mesma mas o conteúdo é bastante diferente... Ou depende das escolas ou então é esta ideia de que é tudo por modas que faz com que fiquem com visão-túnel.guialmi escreveu:É curioso que o chavão de 'cada criança tem o seu ritmo' (tantas vezes usado como desculpa para negar atrasos de desenvolvimento claros) desapareça aos 5 anos... Aos 5 estão todos no mesmo patamar e têm todos a mesma prontidão. Se não aprendem é porque são burros.
Isto.
Até aqui no discurso há quem vá sempre ao "tem de haver crianças burras" e lamento mas não tem. Seja por imaturidade, por ser-lhes dada matéria de forma demasiado precoce para o neurodesenvolvimento apresentado ou porque os métodos de ensino lhes falham, devia de existir a preocupação de garantir que todas as crianças tivessem as bases muito bem adquiridas para garantir os bons resultados escolares a longo prazo. Há crianças que têm efectivamente dificuldades cognitivas (que é diferente de ser burro) mas muitas vezes é possível colmatar e trabalhar essas áreas para atingirem o seu potencial máximo. Algo que não acontece quando se forçam todas as crianças a entrar na primária só porque é legalmente viável.
É que por algum motivo por cá se uma criança entra para o 1º ano e não conseguir adquirir as competências necessárias é obrigada a passar para o 2º ano (não existem retenções) mas depois está na sala dos meninos do 2º ano e a fazer trabalhos do 1º ano, com repercussões muito significativas ao nível da autoestima e autoconceito. Isto prolonga-se tanto a ponto de termos crianças no 4º ano ainda a trabalhar em coisas do 2º e do 3º ano. Isto é que é desejável porque pelo menos entrou cedo na primária...? enfim.
E temos países com resultados nos teste PISA muito melhores que os nossos cuja escolaridade inicia aos 7 anos sem qualquer tipo de aprendizagem anterior ao nível da escrita, matemática, etc... seremos nós os detentores da verdade absoluta quando depois temos pessoas que estudam estas coisas de forma bastante mais aprofundada que nos dizem que o programa de matemática para o ensino primário é demasiado exigente para as competências de abstração dos miúdos nesta faixa etária e que o mesmo não está de acordo com o neurodesenvolvimento expectável?
Reter miúdos não é moda, é avanço e desenvolvimento científico e pedagógico. Nenhum de nós quer ser operado usando as mesmas técnicas que há 30 anos eram utilizadas quando a ciência já mostrou que há opções melhores, certo? O mesmo se devia aplicar à educação... aliás acho bastante problemático que uma criança com imensas dificuldades, que possam ser trabalhadas e desenvolvidas, não tenha direito a entrar na primária adiada 1 ano apenas porque não é condicional... Retiramos o direito a esta criança de ter os apoios que necessita apenas e só porque a nossa lei impõe uma data calendarizada em vez de tomar por base o desenvolvimento da criança.
Eu continuo a confiar mais na opinião de pessoas formadas, que estudam as questões há décadas como os educadores, psicólogos, neuropsicológos, neuropediatras, pediatras do desenvolvimento, etc e que vêm com estas "modernices" de tomarmos atenção ao desenvolvimento das crianças e não apressarmos a entrada na escola primária a todos só porque sim.
Há crianças extremamente bem preparadas para entrar mais cedo e outras que não estão. Na minha opinião o desenvolvimento efectivo da criança é a única métrica que faz sentido utilizar quando é para tomar esta decisão.Isso é uma verdade que desconfio que a maioria das pessoas desconheça. Hoje em dia quase todas as turmas acabam por ser mistas. Porque como foi explicado, os meninos apesar de transitarem, fazem o programa e manuais de anos anteriores. Por exemplo num terceiro ano temos os meninos a fazer conteúdos de 3 ano, depois há uns que fazem programa do segundo ano, e por vezes ainda há outros a trabalhar conteúdos de primeiro ano.
Por aqui continua tudo bem, aluna se cinco anos responsável e aplicada. Agora todas as atividades e disciplinas da escola,. Ainda bem que não fui na moda.
Quase todas as turmas são mistas? A minha princesa nunca teve turmas mistas nem os amiguinhos das outras turmas. Nunca ouvi falar em tal.